Como assim, violência psicológica no ambiente de trabalho. Isso existe?
Sim, e tem muito empresário e gestor julgando que certas atitudes de colaboradores não justifica atrasos, desânimos ou qualquer outro desgaste emocional que impacta diretamente na produção do funcionário.
Pode ser que a violência psicológica esteja ocorrendo entre os seus próprios colaboradores e você não tenha percebido. E pode partir, também, dos seus próprios colaboradores. Neste artigo abordaremos as principais características e consequências causadas pela violência psicológica no ambiente de trabalho.
Infelizmente essa situação ainda existe em muitas organizações. Não é raro encontrar alguém que tenha sofrido tal agressão. Cabe aos responsáveis erradicar essa prática e aos funcionários contribuírem para um ambiente de trabalho amistoso e saudável.
Como identificar esse tipo de violência?
A violência psicológica no ambiente de trabalho são ações que ferem ou afetam a autoestima de alguém. Não só insultos diretos, mas também piadas, insinuações, fofocas, além de todas as situações que levem a exclusão social do colaborador em seu ambiente de trabalho.
Cada vez que alguém dá a entender, direta ou indiretamente, que o outro não é qualificado ou competente para exercer suas funções, está cometendo violência psicológica.
Não oferecer condições para que os colaboradores cumpram suas tarefas, fornecer informações incorretas, incompletas e induzir ao erro, também é classificado como tal.
Quais são as suas consequências?
Quando um funcionário é convencido que não é merecedor de seu cargo, ele sofre um impacto em sua autoestima. Em alguns casos, isso pode marcar para o resto da vida.
Caso a situação persista, ele tende a se sentir inferior e pode chegar a uma situação que não encontre mais razões para evoluir, afinal, qual a finalidade de tentar ser promovido, prestar concurso ou concluir aquela pós-graduação se o colaborador considera os outros profissionais mais qualificados?
Sem contar o quanto essa agressão afeta os relacionamentos familiares. Obviamente nenhuma pessoa consegue ser agradável enquanto algo vai extremamente mal no trabalho.
O maior problema da violência psicológica é que ela se torna um ciclo. Quanto mais se é vítima, mais a autoestima é abalada. Como consequência, o colaborador começa a aceitar a violência e até dar razões a agressor, tornando-se assim, refém da situação.
Existe também o ciclo de repetição, quando uma pessoa foi vítima de atitudes agressivas, mas não compreende ou interpreta como uma violência psicológica que isso é uma agressão e, sim uma “lição”. E acaba tratando outras pessoas da mesma forma, como se tal atitude fosse comum.
A sensação constante de inferioridade provavelmente levará o funcionário a apresentar um quadro de ansiedade ou depressão. Trazendo também problemas de saúde físicos, resultando em um absenteísmo que poderia ser evitado.
Quais providências adotar?
Não permita esta situação em seu estabelecimento. É necessário pensar no futuro deste funcionário. Ele ainda tem uma vida profissional pela frente, na sua empresa ou não.
É sua responsabilidade zelar pelo clima amistoso e respeitoso em sua empresa. Um ambiente agradável pode interferir, inclusive, na rotatividade. Lembre-se que funcionários satisfeitos são mais produtivos.
Estude e crie políticas que desencorajem qualquer tipo de violência. É essencial manter todos os colaboradores informados sobre o assunto. Considere prudentemente as denúncias feitas e caso constatado a violência, crie sanções para os infratores.
Ofereça treinamentos constantes aos seus líderes, ofereça instruções sobre técnicas adequadas de feedback. Um bom gestor sabe que não é necessário destruir o ego de um ser humano para apontar suas falhas.