paternidade ativa

Paternidade ativa: o que as empresas têm a ver com isso?

A paternidade ativa é um movimento delicado, e um assunto que requer muito cuidado, principalmente por quem atua em empresas. Do contrário, poderá se tornar um problema, pois, se por um lado, representa o avanço da afetividade entre pai e filho, por outro, pode significar apenas mais um capítulo do pensamento machista que ainda ronda a sociedade.

Para entender melhor o que é paternidade ativa e o que as empresas têm a ver com isso, acompanhe a leitura!

 

Afinal, o que é paternidade ativa?

De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Organização das Nações Unidas Mulheres, de título “Precisamos falar com os homens? Uma jornada pela igualdade de gênero”, 8 em cada 10 pais querem passar mais tempo com os filhos, e não apenas o final de semana, como é comum acontecer.

 

Esse estudo aponta a necessidade de não só aproximar os pais dos filhos, mas também de desconstruir crenças que ainda regem o pensamento social, como é o caso da figura do pai ausente e provedor e da mãe provedora e cuidadora, aquela com quem os filhos podem sempre contar. Percebam que estamos diante de dois desenhos: o pai, que concebe e se torna ausente, e a mãe, que concebe e cuida.

 

Nesse cenário, a paternidade ativa surge como um modelo que busca fazer com que o pai seja visto não como ausente e apenas provedor, mas como cuidador, ou seja, aquele que concebe, dá carinho, cria, participa do processo de aprendizagem escolar, ensina, coloca para dormir, etc. Em suma, o pai com o qual o filho sabe que pode contar sempre que precisar.

 

A linha tênue da paternidade ativa: todo cuidado é pouco

O modelo de paternidade ativa se encontra em uma linha tênue, como alertamos no início deste conteúdo. Por um lado, contribui para o desenvolvimento do amor incondicional do pai com relação aos seus filhos, o que é positivo e desconstrói crenças que ainda se encontram arraigadas no cenário social; de outro, pode colocar a figura “homem” nos holofotes, fortalecendo, com isso, o pensamento machista.

 

Para os especialistas, é importante deixar claro quais são os objetivos das ações que se baseiam na paternidade ativa, de modo que com isso seja possível o desenvolvimento eficaz do lado afetivo, emocional e pai do homem.

 

O papel das empresas do processo de legitimação da paternidade ativa

As empresas, hoje, não são vistas apenas como um organismo que é capaz de gerar lucro e desenvolvimento econômico, mas também são consideradas atores sociais, com papéis importantes dentro do cenário social.

 

Nessa direção, pode-se dizer que as marcas têm o dever social ou papel de adotar ações que ajudem os homens a desenvolver e a legitimar a sua paternidade ativa. Isso não só agrega valor ao negócio, como também ajuda a construir um mundo mais igual, em que pais e mães tenham responsabilidades similares com relação à formação e educação dos filhos.

 

Algumas ações que as organizações podem adotar nesse sentido são:

— Realização de palestras sobre a importância do pai para a criação dos filhos;

— Concessão de benefícios que contribuam, para que os pais passem mais tempo com os filhos, como licença-paternidade e outros benefícios que são concedidos às mães;

— Rodas de discussões sobre a importância do pai no processo de formação dos filhos;

— Espaços para depoimentos de pais que passam maior tempo com os filhos e como isso é prazeroso, alegre e impactante.

 

Esses exercícios contribuem, de modo geral, para legitimar a importância da paternidade ativa no cenário social e ajudam os pais homens a perceberem que o seu papel no processo de formação do filho é tão fundamental como o da mãe.

 

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