Assédio moral produz impactos negativos no ambiente organizacional e na qualidade de vida dos trabalhadores. As consequências incluem:
– Adoecimento físico;
– Sofrimento emocional e psíquico;
– Degradação das condições de trabalho.
Apesar de ser uma realidade recorrente no universo corporativo, este é um tema que, por muito tempo, permaneceu invisível e ainda é cercado de tabus. Para começar, você sabe o que é assédio moral?
Esse fenômeno pode ser caracterizado pela exposição dos profissionais a situações de constrangimento e humilhação, de forma intencional, que se repetem e se prolongam durante a jornada de trabalho.
A violência moral afeta a vida profissional e pessoal dos indivíduos, infringindo direitos humanos e de cidadania. Por isso, a importância de empregadores e empregados estarem atentos para reconhecer, combater e evitar a prática.
Saúde dos trabalhadores
Em publicação voltada à conscientização e combate ao assédio moral, o Ministério da Saúde brasileiro explica que esse tipo de conduta desqualifica o trabalhador, atinge sua dignidade e coloca em risco a sua integridade física e mental.
As consequências podem ser notadas no desempenho organizacional, com a diminuição da qualidade de vida, da capacidade de criação e da produtividade. Além disso, a conduta antiética rouba dos profissionais a satisfação com o exercício de suas funções.
Há o risco de formação de um ciclo de silenciamento, no qual a vítima de assédio se sente vulnerável, fragilizada e isolada. As repercussões extrapolam o âmbito do trabalho e alcançam os círculos sociais e familiares.
No campo das emoções, as manifestações incluem quadros de:
– Ansiedade;
– Depressão; (Reconhecimento de estabilidade ou afastamento por depressão)
– Insônia;
– Fobias.
Leia também: Funcionário com depressão. O que fazer?
São também comuns problemas como:
– Hipertensão arterial;
– Taquicardia;
– Dermatites;
– Gastrite;
– Dores musculares;
– Enxaqueca.
O que diz a legislação?
A legislação trabalhista do Brasil não possui uma lei específica sobre o tema, o que existe é a tipificação do assédio moral. O Brasil, no entanto, não está sozinho. Até 2013, apenas França e Argentina haviam aprovado regulamentação própria.
Poucas leis voltadas ao enfrentamento do problema foram aprovadas no país: há propostas legislativas em tramitação no Congresso Nacional, e nos estados e municípios algumas normas foram aprovadas e outras estão em discussão.
Diante desse cenário, pesquisadores brasileiros apontam para a necessidade de atualização da legislação nacional para fortalecer o controle e a proteção jurídica.
Ambiente de trabalho saudável
A construção de um ambiente organizacional saudável passa pela constituição de relações profissionais baseadas no respeito e na ética, livres de violência verbal, física, psicológica e sexual.
Os modos de organização e gestão do trabalho devem prezar pela segurança e proteção dos trabalhadores, rechaçando práticas de pressão psicológica e abuso em função de posições hierárquicas.
Todo mundo sai perdendo com a existência de episódios de assédio moral nos espaços institucionais: empregadores, funcionários, familiares e amigos.
Além de todos os prejuízos para a vítima, a empresa tem que lidar com danos à sua imagem, custos adicionais com ações judiciais e aposentadoria, diminuição da produtividade, redução da qualidade dos processos e dos produtos ou serviços.
Caso você queira saber mais sobre o assunto ou ficou com alguma dúvida, mande sua pergunta para nós!